Entomologia forense é o
estudo de insetos para fins médico-legais. Há muitas maneiras pelas quais os
insetos podem ser usados para ajudar a solucionar um crime, mas o objetivo
principal da entomologia forense é estimar o tempo desde a morte.
Nesta matéria vamos conhecer um pouco desta fascinante área de estudo da medicina legal.
Insetos e estágios da morte
Uma vez que uma pessoa
morre, seu corpo começa a se decompor, e esta decomposição começa
com a ação de microrganismos como fungos e bactérias, seguida pela ação de uma
série de insetos (artrópodes). Os corpos atraem dois grupos
principais de insetos: moscas ( Diptera ) e besouros ( Coleoptera ). Os corpos se decompõem lentamente ou
rapidamente, dependendo das condições climáticas, se foram enterrados ou
expostos aos elementos, se há presença de insetos ou se eles têm uma substância
em seus corpos que impede sua rápida decomposição, como tamanho e peso
corporal, roupas.
Assim o corpo morto passa por
constantes mudanças, permitindo aos investigadores estimar quanto tempo essa
pessoa está morta. Cada estágio atrai diferentes
tipos de organismos que se alimentam do corpo e reciclam a matéria. Esses
estágios podem levar dias ou anos (até milhares de anos!):
1. Estágio de decomposição inicial ou fresco
Compreende o período entre a morte do animal até o momento em que ele começa a inchar. Neste estágio, ocorreu o fenômeno destrutivo chamado autólise, pois, quando cessada a circulação, as células deixam de receber novos elementos pela corrente plasmática, prejudicando as trocas nutritivas. Ocorre apenas ação de formigas e começam a postura de ovos por dípteros, principalmente, L. eximia e C. albiceps.
2. Estágio de putrefação ou efisematoso
Neste estágio, o cadáver apresenta um inchaço abdominal devido ao metabolismo das bactérias. Certas partes do cadáver, como axilas, começam a apresentar rompimento, devido a ação das larvas de Calliphoridae. Este estágio varia geralmente de 24 a 48 horas.
3. Estágio de putrefação escura ou coliquativo
O corpo do cadáver rompe e pode ser visualizado um grande número de larvas de dípteros, bem como formigas e coleópteros predando estágios imaturos. O odor exalado pelo cadáver é muito forte e a duração deste estágio varia de 24 a 48 horas. É neste estágio onde ocorre a maior diversidade de espécies de Calliphoridae.
4. Estágio de fermentação butírica ou fermentação
A pele esta totalmente decomposta e só podem ser visualizadas larvas de dípteros que não completaram o seu desenvolvimento, em função de falta de substrato, começando a ser visível o processo de dispersão larval realizado pelas larvas em estágio pós-alimentar.
5. Estágio seco ou esqueletização
Sobraram somente ossos e algumas cartilagens mais duras que não foram decompostas e o couro ressecado pela ação do sol. Não ocorreram mais larvas alimentando-se, apenas alguns adultos de moscas.
1. Estágio de decomposição inicial ou fresco
Compreende o período entre a morte do animal até o momento em que ele começa a inchar. Neste estágio, ocorreu o fenômeno destrutivo chamado autólise, pois, quando cessada a circulação, as células deixam de receber novos elementos pela corrente plasmática, prejudicando as trocas nutritivas. Ocorre apenas ação de formigas e começam a postura de ovos por dípteros, principalmente, L. eximia e C. albiceps.
2. Estágio de putrefação ou efisematoso
Neste estágio, o cadáver apresenta um inchaço abdominal devido ao metabolismo das bactérias. Certas partes do cadáver, como axilas, começam a apresentar rompimento, devido a ação das larvas de Calliphoridae. Este estágio varia geralmente de 24 a 48 horas.
3. Estágio de putrefação escura ou coliquativo
O corpo do cadáver rompe e pode ser visualizado um grande número de larvas de dípteros, bem como formigas e coleópteros predando estágios imaturos. O odor exalado pelo cadáver é muito forte e a duração deste estágio varia de 24 a 48 horas. É neste estágio onde ocorre a maior diversidade de espécies de Calliphoridae.
4. Estágio de fermentação butírica ou fermentação
A pele esta totalmente decomposta e só podem ser visualizadas larvas de dípteros que não completaram o seu desenvolvimento, em função de falta de substrato, começando a ser visível o processo de dispersão larval realizado pelas larvas em estágio pós-alimentar.
5. Estágio seco ou esqueletização
Sobraram somente ossos e algumas cartilagens mais duras que não foram decompostas e o couro ressecado pela ação do sol. Não ocorreram mais larvas alimentando-se, apenas alguns adultos de moscas.
Coleta, preservação e
empacotamento de amostras
As investigações forenses se
baseiam em evidências e materiais encontrados na cena do crime, que devem ser
registrados e coletados com cuidado. Isto é especialmente verdade para o
material de insetos, que pode ser difícil de encontrar. Ao se aproximar de uma
cena com evidências de insetos, um entomologista forense primeiro considera o
ambiente. Se a cena é ao ar livre, eles observam a paisagem, as plantas e os
tipos de solo, além do clima.
Uma vez no corpo, o entomologista forense colhe várias amostras de diferentes áreas do corpo. Se houver larvas, algumas são coletadas, colocadas em água fervente e preservadas em álcool. Isso interrompe o desenvolvimento e permite que o inseto seja envelhecido. A coleta cuidadosa e precisa de evidências de insetos no local é essencial. Idealmente, um entomologista coleta uma variedade de estágios de insetos de diferentes áreas do corpo e do ambiente (por exemplo, roupas ou solo). Diferentes espécies, ou insetos coletados em diferentes áreas, são mantidos separadamente.
O que os insetos podem nos dizer?
Uma vez no corpo, o entomologista forense colhe várias amostras de diferentes áreas do corpo. Se houver larvas, algumas são coletadas, colocadas em água fervente e preservadas em álcool. Isso interrompe o desenvolvimento e permite que o inseto seja envelhecido. A coleta cuidadosa e precisa de evidências de insetos no local é essencial. Idealmente, um entomologista coleta uma variedade de estágios de insetos de diferentes áreas do corpo e do ambiente (por exemplo, roupas ou solo). Diferentes espécies, ou insetos coletados em diferentes áreas, são mantidos separadamente.
O que os insetos podem nos dizer?
Insetos podem fornecer detalhes sobre a vida de uma pessoa
antes de morrer, tais como:
1. As moscas tendem a depositar seus ovos
primeiro em locais úmidos do corpo, como os olhos e a boca. Se a atividade de larva
ocorrer longe de uma abertura natural, isso pode indicar uma ferida. Por
exemplo, larvas na palma das mãos sugerem feridas de defesa;
3. Se o ciclo de insetos for
perturbado, pode sugerir que o assassino retorne à cena do crime. O
entomologista pode ser capaz de estimar a data da morte e, possivelmente, a
data do retorno do assassino.
4. Se as larvas se alimentam
de um corpo com drogas em seu sistema, esses produtos químicos se acumulam e
podem ser detectados. O uso de drogas pode alterar o tempo do ciclo de vida de um
inseto. A cocaína, por exemplo, faz com que as larvas que se
alimentam dos tecidos afetados se desenvolvam muito mais rapidamente do que
normalmente. Venenos como malthione no cadáver podem atrasar a colonização de insetos.
5. Se um inseto for
encontrado em um local específico, ele poderá colocar um suspeito na cena do
crime.
6. Se insetos forem
encontrados em um indivíduo vivo (geralmente crianças pequenas ou idosos), isso
pode indicar negligência ou abuso.
LIMITAÇÕES DA ENTOMOLOGIA
FORENSE:
1. As estimativas de tempo
de morte dependem de informações precisas sobre a temperatura, mas os padrões
climáticos locais podem ser variáveis e os dados podem vir de estações bem
distantes da cena do crime.
2. A entomologia forense
depende da abundância de insetos. No inverno, há menos insetos e o uso da
entomologia é limitado.
3. Como leva tempo para
criar insetos, a entomologia forense não pode produzir resultados imediatos.
4. Tratamentos (como
congelamento, enterro ou embalagem) que excluem insetos podem afetar as
estimativas.
5. Como os produtos químicos
podem retardar ou acelerar o crescimento, as evidências de insetos podem ser
afetadas pela presença de drogas no sistema de um cadáver.
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